A histeria dos números
Confrontada com as novas resoluções e decretos sacadas da manga por ambos governos Ibéricos, mais ou menos em consonância com alguns dos outros governos Europeus, cresce no seio da população outra legítima preocupação: sobreviver. E não se trata de sobreviver ao possível ou mais que provável contágio – está patente que a imensa maioria o consegue – mas sim sobreviver à falta de meios de subsistência. A ruína acelerada da economia, a quebra das pequenas e médias empresas e os despedimentos anunciados ou já tornados efectivos pelas companhias de maior dimensão (bancos incluídos), fazem prever um problema cuja solução, se a houver, poderá colocar-se num horizonte bem longínquo. Não vou aqui discutir se as medidas de distanciamento social, de protecção ou de confinamento – com que não concordo em grande parte – são ou não legítimas ou constitucionais ou se, por outra parte, representam uma preocupante escalada nas restrições dos direitos dos cidadãos. Espero e desejo que o façam